Entre devaneios e imagens, incógnitas me transportam... procuro entre as mensagens que propagam-se, o rastro de algum pensamento lógico.
Tudo é lúdico, sublime, especial, devo eu estar enlouquecendo? Experiências estranhas transcorrem em velocidade descomunal...
Minha capacidade ridícula de raciocínio de nada mais me adianta... devo sentir? escuto uma voz: _ Não, deve ligar-se!
De onde vem? pareço eu a falar comigo! Análogo universal, sei onde estou, sei como agir, sei o que procuro, como se já houvesse ousado por ali algumas vezes, habitualmente. Uma luz ao fundo... alo... brilha, claro, ofusca, pássaros, buzinas - o... primeiro... pensamento... Um corte à navalha no pouco de memória que ainda escorria: _ Sonhei? dormi? por onde andei?
Me vi em minha cama, levantei lentamente, esperei o ar ventilar e oxigenar minhas idéias... Caminhei até a beira da pia, me servi um copo d'água... Observei através da janela a lentidão da natureza em contraste ao cotidiano insanamente humano... e com toda a certeza afirmei:
_ Não! em verdade, é agora que estou eu... a sonhar.
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