sexta-feira, 1 de abril de 2011

Biscoito Matrix...

Instante veloz...
Passei por ti, um sussurro, uma voz...
O aroma partiu, se foi, sumiu!
Mas aonde? o que disse?
O tempo voou, de repente cansou, parou.
Estacionado em meu consciente... um segundo dispara, surpreende!
Onde me vejo, eu passo ou fico?
Parede, azulejo, pedaços de espelho quebrado... partido...
Morri? sonhei? quem foi? nem sei, sei?
Confusa, lembrança difusa... lambuza, me cansa, finge que dança,
O choque entre dois os divide, ao impacto ressoam...
O que houve? os vejo! sois vós os que choram?
Um soluço, seguido de silêncio agudo, suspiro trazendo ruído absurdo...
Um grito, falado, implorado, cantado desafinado,
Ao tom de violino velho, curtido, de arco rachado.

Uma face sorrindo, lábios de lado, ao meio torcida...
Arte barroca abstrata, mascarando alegria sofrida,
Murmúrio, seguido de letras chispando, som de dilúvio.
Reflexo meu, de uma parte que foi, se deu,
Cruzou, mudou, trocou a direção, retorna, encontra-me na contramão.
E agora ao vislumbre do fim retrocede e me engana mentindo o que fez:
Dizia ter visto a saída escondida na pílula azul de um biscoito chinês.


| Atenciosamente ; Lontra Voadora |
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