... Um sopro de esperança me aliviara, indaguei à uma luz que por ali passava:
_ Por que há uma luz em meio à treva?
_ Por que não ilumina o suficiente este mundo?
_ Por que não me guia como eu gostaria, serás tu morta como eu presumia?
A luz relampejou à minha frente e trovejou em minha mente:
_ Não há luz ou escuridão, há um breu na vastidão!
_ Não há nitidez que possibilite enxergar completamente
_ Homem bobo e arrogante, mal consegue discernir... ousa ser inteligente?
_ Eu existo apenas para que percebas que existo
_ Norteio o teu horizonte e lhe mostro que estás vivo, mas não indico teu caminho
_ Não sou um guia para teu mundo...
_ Percebes? não há claro ou escuro!
_ É você quem espalha, separa... dissolve!
_ Eu recolho, mesclo... bagunço...
_ Eu sou a luz que deste tudo irradia
_ Não um lampejo de sua consciência... ociosa, estática e vazia.
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